Por Assessoria de Imprensa
25/08/2025 14:35A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que atinge o sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal. A enfermidade faz com que as defesas do corpo ataquem a bainha de mielina - camada que protege os impulsos nervosos dos neurônios. A degradação desse revestimento compromete regiões como cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula, ocasionando incapacitações neurológicas progressivas.
Sintomas e evolução
Entre os principais sintomas estão:
- Alterações visuais: visão borrada, dupla ou perda parcial da visão;
- Déficits motores: fraqueza muscular, dificuldade para andar, rigidez e espasmos;
- Sensitivos: dormências, formigamentos, dor e queimação;
- Coordenação e equilíbrio: tonturas, desequilíbrio e dificuldade motora;
- Esfincterianos: retenção ou perda de urina e intestino;
- Cognitivos: problemas de memória, lentificação do raciocínio;
- Mentais: depressão, ansiedade e alterações de humor;
- Fadiga intensa, um dos sinais mais comuns.
A doença costuma se manifestar entre os 20 e 40 anos, sendo mais frequente em mulheres. Embora a causa exata seja desconhecida, fatores como predisposição genética, tabagismo, obesidade, deficiência de vitamina D e histórico de mononucleose estão associados ao seu desenvolvimento.
Formas da doença
- Remitente-recorrente (EM-RR) - forma mais comum, presente em cerca de 85% dos casos, marcada por surtos e períodos de remissão;
- Primariamente progressiva (EM-PP) - evolução lenta e contínua desde o início, sem períodos claros de melhora;
- Secundariamente progressiva (EM-SP) - surge após a forma remitente-recorrente, quando a doença passa a progredir de forma constante.
Tratamento e controle
Embora não tenha cura, a esclerose múltipla pode ser controlada. O tratamento é baseado em medicamentos que reduzem inflamações e a frequência dos surtos, retardando a progressão das incapacidades físicas e cognitivas.
Aliados ao tratamento medicamentoso, hábitos saudáveis fazem a diferença:
- Alimentação equilibrada;
- Prática regular de atividade física;
- Abandono do tabagismo;
- Acompanhamento médico contínuo.
Com esse conjunto de cuidados, muitos pacientes conseguem alcançar a estabilidade clínica, mantendo a doença "adormecida" e preservando a qualidade de vida.
Atendimento no SUS
No Sistema Único de Saúde (SUS), a porta de entrada para diagnóstico e acompanhamento são as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Uma vez confirmado o diagnóstico, o paciente é encaminhado para centros de referência especializados.
Fonte e informações: Secretaria de Saúde de Quatá
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Fonte: Secretaria de Saúde